
Bom dia Traders! Vejam como operar nesta terça-feira (falei que ia ter “Rebound” ontem, pena a B3 não ter acompanado)! As contas publicas e as últimas do Front na Ucrânia!
NO RADAR
O mercado europeu avança na manhã desta terça-feira, 3, dando continuidade à recuperação das perdas de abril. Nos Estados Unidos, o movimento é mais contido, com os principais índices oscilando próximo da estabilidade. Já o dólar, que vinha de alta contra moedas do mundo todo, apresenta leve queda. A aparente tranquilidade desta terça ocorre às vésperas da decisão de política monetária do Fed, que deve ser marcada pela aceleração da alta de juros nos Estados Unidos. No Brasil, o Copom vai começar hoje a reunião de política monetária. A grande expectativa é de a Selic suba para 12,75%. Leia mais.
2 – GREVE NO BANCO CENTRAL
Os servidores do Banco Central retomam greve a partir desta terça-feira, 3 de maio, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após o governo e o sindicato que representa a categoria não chegarem a um acordo sobre as reivindicações. Com a paralisação, alguns serviços como o valores a receber, Pix e a divulgação de dados sobre a economia brasileira devem ser afetados. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, a categoria defende uma reestruturação de carreira e um reajuste salarial de 27% — o governo ofereceu 5% a todos os servidores federais. A entidade garante que os serviços essenciais não serão afetados. Leia mais.
3 – RAIA DROGASIL
A rede de drogarias Raia Drogasil divulga o balanço do primeiro trimestre nesta terça-feira, 3, após o fechamento do mercado. Assim como todo o varejo, a companhia tem lidado com as consequências da alta da inflação para o seu negócio, o que pode significar margens menores no primeiro trimestre de 2022. Em 2021 a empresa teve receita de R$ 25,6 bilhões, alta de 20,9% em relação a 2020. A Raia vem se posicionando em soluções digitais, que incluem o marketplace e a Plataforma da Saúde, com oferta de serviços para uma vida mais saudável. Além disso, continua apostando pesado nas lojas físicas: estão previstas 260 novas unidades em 2022. Leia mais.
4 – PROGRAMA DE INOVAÇÃO
A Yduqs, segunda maior empresa de educação do Brasil, avaliada em R$ 4,7 bilhões na B3, lança nesta terça-feira, 3, um programa de inovação aberta para startups, chamado Yduqs Labs. A iniciativa significa mais um passo em direção à retomada dos investimentos em tecnologia e digitalização depois da tentativa de aquisição por parte da Kroton (hoje Cogna) em 2017. De lá para cá, o percentual do investimento anual dedicado à tecnologia foi de menos de 10% para 42% no ano passado, totalizando R$ 230 milhões. Com o novo programa, o grupo busca edtechs com soluções inovadoras para trabalhar em conjunto. As inscrições vão até 3 de junho. Saiba mais.
__________________________
As contas públicas fecharam fevereiro com superávit primário de R$ 3,471 bilhões, informou hoje (2) o Banco Central, no melhor resultado para o mês desde 2012, quando o setor público consolidado ficou no azul com R$ 9,514 bilhões.
O resultado de fevereiro mantém as contas no positivo depois de um janeiro com o superávit primário de R$ 101,833 bilhões, o maior número mensal de toda a série histórica do BC. Em fevereiro de 2021, foi registrado déficit de R$ 11,770 bilhões.
Para se chegar o resultado primário, calcula-se a diferença entre despesas e receitas do setor público, antes do pagamento de juros da dívida pública. O setor público consolidado inclui governos central, estaduais e municipais, bem como empresas públicas (com exceção de Petrobras e Eletrobras).
As estatísticas fiscais divulgadas pelo BC nesta segunda-feira (2) encontram-se defasadas em razão da greve de servidores, que atrasou a divulgação de alguns dados. A paralisação deve ser retomada amanhã (3), o que pode comprometer divulgações futuras.
Em fevereiro, o resultado positivo foi proporcionado sobretudo pelo superávit de R$ 20,172 bilhões apresentado por estados e municípios. As estatais também registraram superávit de R$ 2,480 bilhões. O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), porém, fechou o mês com déficit de R$ 19,181 bilhões.
Com o resultado de fevereiro, o superávit acumulado no ano chegou a R$ 105,304 bilhões. Nos últimos 12 meses, as contas estão no azul em R$ 123,427 bilhões, o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco Central.
A dívida bruta do país ficou em 79,2% do PIB em fevereiro, contra 79,5% em janeiro. A dívida líquida foi a 57,1%, ante 56,6% no mês anterior.
____________________
Rússia planeja anexar Donetsk e Luhansk, na Ucrânia, com eleições ‘sham’, dizem EUA
Aqui está um pouco mais de detalhes em torno das alegações dos EUA de que a Rússia planeja “anexar” as regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia.
Michael Carpenter, embaixador dos EUA na Organização para Segurança e Cooperação na Europa, disse a repórteres em Washington na segunda-feira:
De acordo com os relatórios mais recentes, acreditamos que a Rússia tentará anexar a ‘República Popular de Donetsk’ e a ‘República Popular de Lugansk’ à Rússia.
Os relatórios afirmam que a Rússia planeja arquitetar referendos ao ingressar em meados de maio”.
“Isso saiu direto do manual do Kremlin”, acrescentou.
Carpenter disse que os Estados Unidos também acreditam que a Rússia está considerando um plano semelhante em uma terceira região, Kherson, onde Moscou recentemente solidificou seu controle e impôs o uso de sua moeda rublo.
Achamos que os relatórios são altamente confiáveis. Infelizmente, estivemos mais certos do que errados ao expor o que acreditamos que pode vir a seguir, e isso é parte do que estamos tentando fazer aqui.
Tais referendos falsos – votos fabricados – não serão considerados legítimos, nem quaisquer tentativas de anexar território ucraniano adicional.
Mas temos que agir com senso de urgência.”
Carpenter disse que também é possível que os líderes da Rússia tentem tomar outras partes da Ucrânia, impondo “marionetes e representantes” nos governos locais e forçando a saída de funcionários democraticamente eleitos. Ele disse que esse parecia ser o objetivo inicial de Moscou em Kiev – um plano que incluía a instalação de uma nova constituição na Ucrânia -, mas que as forças russas foram forçadas a recuar para o leste e o sul do país depois de não conseguirem tomar a capital.
Os EUA forneceram à Ucrânia o apoio militar muito necessário, incluindo dardos, ferrões, obuses e outros materiais enviados para a Europa Oriental para reabastecer as forças armadas da Ucrânia em sua luta contra a Rússia.
No entanto, uma preocupação crescente surgiu à medida que a guerra se arrasta: os EUA podem manter a cadência de enviar grandes quantidades de armas para a Ucrânia, mantendo seu próprio estoque?
Os EUA já forneceram cerca de 7.000 dardos, incluindo alguns que foram entregues durante o governo Trump, cerca de um terço de seu estoque, para a Ucrânia, de acordo com uma análise de Mark Cancian, consultor sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais internacionais. programa de segurança.
Analistas também estimam que os EUA enviaram cerca de um quarto de seu estoque de mísseis Stinger disparados pelo ombro para a Ucrânia. O CEO da Raytheon Technologies, Greg Hayes, disse aos investidores na semana passada durante uma teleconferência trimestral que sua empresa, que fabrica o sistema de armas, não seria capaz de aumentar a produção até o próximo ano devido à escassez de peças.
“Isso pode ser um problema? A resposta curta é: provavelmente, sim’”, disse Cancian, coronel aposentado da Marinha e ex-especialista do governo em estratégia orçamentária do Pentágono, financiamento de guerra e aquisições, à Associated Press.
Civis evacuados da siderúrgica Mariupol, centenas ainda presos
Evacuado de Mariupol relata terror em bunkers abaixo de siderúrgicas
UE vem à tona com as exigências da Rússia de pagar rublos pelo gás
Boris Johnson elogia a ‘melhor hora’ da Ucrânia em discurso ao parlamento de Kiev
_____________________
As atenções dos investidores estão voltadas para a Super Quarta, com a política monetária dos Estados Unidos e do brasil em foco
O primeiro dia da reunião do Copom do Banco Central para decidir sobre a alta da Selic começa com um gosto amargo para o investidor. A bolsa local caiu 10% em abril e, no primeiro pregão de maio, outros 1,15%, encerrando os negócios aos 106.638,64 pontos. Mas a estrela da sessão da última segunda-feira (02) foi o dólar.
A moeda norte-americana disparou com aversão ao risco internacional e atingiu os R$ 5,0727, uma alta de 2,63% só ontem. A pressão sobre o dólar fez o nosso Banco Central anunciar um leilão de swap cambial extra nesta terça-feira (03).
Esse cenário pode ser ainda mais desafiador para que Roberto Campos Neto, presidente do BC, encerre o ciclo de altas da Selic no patamar de 12,75%.
A autoridade monetária já trabalha com a hipótese de um cenário alternativo com a disparada do petróleo em meio à inflação desenfreada — a queda do dólar no último mês chegou a dar certo alívio nas projeções, mas a nova alta dissipou esse otimismo.
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa nesta terça-feira
Os riscos políticos da revisão do teto
Durante o final de semana, os dois presidenciáveis à frente das pesquisas eleitorais fizeram comentários sobre o teto de gastos, regra que limita a correção das contas públicas à inflação.
O primeiro colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sempre foi um crítico da medida e prometeu uma revisão do teto. Já Jair Bolsonaro (PL), atual presidente e segundo lugar nas pesquisas eleitorais, pretende vincular o reajuste dos gastos públicos às reformas administrativa e tributária.
De qualquer forma, a regra é considerada positiva pelas entidades do mercado por evitar o descontrole das contas públicas. Uma revisão do teto pode desagradar investidores e aumentar o risco do Brasil frente a outros países.
Dólar e um foguete para lua
A moeda norte-americana à vista voltou ao patamar de R$ 5,00 com a proximidade da reunião de política monetária do Federal Reserve, o BC americano. A cautela internacional gerou uma fuga para ativos de menor risco e manteve os índices no vermelho no pregão de ontem.
Com isso, o Banco Central brasileiro deve fazer um leilão de cerca de 20 mil contratos, ou US$ 1 bilhão de liquidez.
E o nosso Banco Central
Nesta quarta-feira (04) a autoridade monetária brasileira deve elevar a Selic em 100 pontos base, fazendo os juros básicos atingirem a casa dos 12,75% ao ano.
Algumas previsões menos otimistas dão conta de que o ciclo de aperto monetário só deve terminar com a Selic em 13% ao ano — outras ainda mais conservadoras entendem que os juros devem atingir os 15% para conter o avanço de preços.
Fatores como o dólar e petróleo altos e inflação local em ascensão são levados em conta nas reuniões do Copom. Mesmo assim, a autoridade monetária deu a entender que projeta o fim do ciclo de alta em 12,75%, mas deixou em aberto a possibilidade de novas altas.
Não apenas uma quarta: uma Super Quarta
Além do nosso panorama doméstico, o Fomc, o Copom americano, também entra na jogada e deve divulgar uma nova elevação dos juros nos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Com a elevação de 50 pontos-base — esperada para a próxima reunião —, a faixa de juros deve ficar entre 0,75% e 1,00%. O Fed também deve dar novos detalhes sobre a redução do seu balanço patrimonial e o fim da “torneira de dinheiro” do BC americano está cada vez mais próximo.
Um turbilhão no exterior
Como se não bastasse a cautela gerada pelo Fed, os recentes lockdowns na China devido a política de “covid zero” de Pequim começam a refletir no desempenho da economia do país.
A desaceleração chinesa pode pegar as economias do mundo no pé contrário e limitar a retomada das atividades após a pior fase da pandemia.
Para completar, a guerra na Ucrânia permanece como um fator de risco global. O petróleo, principal commodity afetada pela tensão na região, vive um dia de alta volatilidade e cai cerca de 1% perto das 7h30 desta terça-feira.
Bolsas no exterior
Nesse cenário complexo, as bolsas asiáticas encerraram um pregão de baixa liquidez, majoritariamente em queda. Sem os índices da China e Japão para dar sustento — fechados devido a feriados locais dos países — as demais praças do Pacífico reagiram negativamente à primeira alta de juros na Austrália em 11 anos.
Na Europa, as atenções se voltam para os balanços, que impulsionam os índices por lá. Mas o avanço é limitado pelas tensões envolvendo a guerra na Ucrânia, arrefecimento da economia chinesa e espera pela decisão de juros do Fed.
O mesmo ocorre nos futuros de Nova York: a abertura por lá deve ser de perdas limitadas envolvendo o compasso de espera pelo anúncio de aperto monetário.
Agenda do dia
- Primeiro dia da reunião do Copom
- FGV: IPC-S Capitais de abril (8h)
- IBGE: Produção industrial de março (9h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de empregos em março (11h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo
- Mercados de Japão e China fechados devido a feriados locais
Balanços de hoje
Temporada de balanços: confira o calendário de resultados desta semana
Antes da abertura:
- BNP Paribas (França)
- Pfizer (EUA)
- Restaurant Brands International (EUA)
Após o fechamento:
- AIG (EUA)
- Raia Drogasil (Brasil)
- XP (Brasil)